Ainda na linha de discussão sobre objetivos e comportamentos, encontrei algumas considerações sobre o assunto que causam reflexões quanto às diferenças de utilização das ferramentas gerenciais “estabelecer objetivos” e “promover comportamentos”. Da leitura do post To set targets is not as effective as to promote behaviors, constata-se que estabelecer objetivos é um processo dedutivo, ou seja, primeiro fixa-se o objetivo a ser alcançado e depois as pessoas tentam descobrir qual o caminho para atingi-lo. Exemplos de objetivos podem ser: a criação de um percentual de redução de custos da área jurídica ou a definição da quantidade de escritórios de advocacia que serão dispensados. De outro lado, promover comportamentos é um processo indutivo que implica instruir as pessoas quanto ao modo de agir, a fim de que elas atinjam um resultado adequado às políticas da empresa. Em termos práticos, podem ser definidos comportamentos como: pensar em repostas para algumas questões centrais prévias à escolha da assessoria externa ou observar certas circunstâncias econômico-financeiras durante a avaliação do valor de honorários a ser contratado com os escritórios de advocacia.
Ambas as formas de gerir acima citadas podem reduzir custos e gerenciar os fornecedores externos para efeito de atribuir consistência e alinhar as atividades jurídicas ao planejamento da empresa.
Nota-se que os dois métodos não são, necessariamente, excludentes entre si, porquanto podem ser adotados conjuntamente. Embora tanto os comportamentos como os objetivos possam variar ao longo da execução dos planos do departamento jurídico, possuir um objetivo específico e seguir um caminho delineado através de uma conduta pré-definida facilitam a concretização dos referidos planos, pois, conforme definição do guru da estratégia empresarial, Henry Mintzberg (pág. 22, Safári de Estratégia), “funcionamos melhor quando podemos conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo.” Alguém pode questionar: por que funcionamos melhor? O próprio Mintzberg responde que conceber algumas coisas como certas “é um papel importante da estratégia nas organizações: ela resolve as grandes questões para que as pessoas possam cuidar dos pequenos detalhes – como voltar-se aos clientes e atendê-los, ao invés de debater quais mercados são os melhores. Até mesmo os executivos principais, na maior parte do tempo, precisam tratar de gerenciar suas organizações em dado contexto; eles não podem questionar constantemente esse contexto.” (ibid., pág. 22-23)
Assim, compreendido que é preciso conceber algumas certezas para gerir o departamento jurídico, estabeleça objetivos e comportamentos compatíveis entre si para sua área jurídica, a fim de focar a atuação desta na execução daquilo que foi estabelecido através do trabalho diário e seus detalhes, pois o reconhecimento da diretoria e dos demais clientes internos decorre daquilo que se fez (= objetivos alcançados) ou se faz (= comportamentos de boa gestão) e não daquilo que se pretende fazer (= estabelecimento de objetivos e comportamentos).
Ambas as formas de gerir acima citadas podem reduzir custos e gerenciar os fornecedores externos para efeito de atribuir consistência e alinhar as atividades jurídicas ao planejamento da empresa.
Nota-se que os dois métodos não são, necessariamente, excludentes entre si, porquanto podem ser adotados conjuntamente. Embora tanto os comportamentos como os objetivos possam variar ao longo da execução dos planos do departamento jurídico, possuir um objetivo específico e seguir um caminho delineado através de uma conduta pré-definida facilitam a concretização dos referidos planos, pois, conforme definição do guru da estratégia empresarial, Henry Mintzberg (pág. 22, Safári de Estratégia), “funcionamos melhor quando podemos conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo.” Alguém pode questionar: por que funcionamos melhor? O próprio Mintzberg responde que conceber algumas coisas como certas “é um papel importante da estratégia nas organizações: ela resolve as grandes questões para que as pessoas possam cuidar dos pequenos detalhes – como voltar-se aos clientes e atendê-los, ao invés de debater quais mercados são os melhores. Até mesmo os executivos principais, na maior parte do tempo, precisam tratar de gerenciar suas organizações em dado contexto; eles não podem questionar constantemente esse contexto.” (ibid., pág. 22-23)
Assim, compreendido que é preciso conceber algumas certezas para gerir o departamento jurídico, estabeleça objetivos e comportamentos compatíveis entre si para sua área jurídica, a fim de focar a atuação desta na execução daquilo que foi estabelecido através do trabalho diário e seus detalhes, pois o reconhecimento da diretoria e dos demais clientes internos decorre daquilo que se fez (= objetivos alcançados) ou se faz (= comportamentos de boa gestão) e não daquilo que se pretende fazer (= estabelecimento de objetivos e comportamentos).