A revista HSM Management n.º 68 possui interessante artigo de Daniel Pink (págs. 116-121 – As aventuras do hemisfério direito) sobre o perfil dos profissionais que comandarão as empresas nos próximos anos. Segundo o autor, o futuro será dos talentos criativos, conforme citação que segue:
"As grandes economias mundiais tendem a automatizar-se mais e mais e a exportar trabalhos de escritório como contabilidade básica, análises financeiras básicas e serviços jurídicos simples para outros países nos quais isto sai mais barato. Preferirão concentrar seus esforços na busca e no estímulo dos talentos criativos. Exatamente como ocorreu historicamente com as operações de manufatura."
Para as estruturas jurídicas das empresas, significa que o cliente interno valorizará cada vez mais a solução única e criativa. Esta solução pode tratar-se de uma inovação no âmbito jurídico, como uma nova tese, ou de uma inovação na própria gestão do departamento jurídico.
A aplicação da idéia de foco em advogados internos criativos depende da correta gestão do serviço jurídico simples existente no departamento jurídico, ou seja, automatização e/ou delegação. Isto implica responder: o custo e a qualidade do terceirizado autorizam a delegação do serviço jurídico simples? Existe importância estratégica na realização interna do serviço jurídico simples? É possível automatizar o serviço jurídico simples (softwares, modelos, etc.)?
Constatada a viabilidade de terceirização e/ou de automatização do serviço jurídico simples haverá mais tempo para estimular o talento criativo dos advogados internos.
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