Por que os advogados sempre dizem não? Eu poderia dizer que o não é uma reação imediata advinda da formação jurídica que o advogado recebe. Ao invés de procurarmos alternativas viáveis, ficamos presos e centrados nos limites advindos do raciocínio técnico-jurídico focado em leis. O não é sempre mais fácil do que ousar e arriscar uma nova solução criativa aos problemas enfrentados pelos homens de negócio. Ademais, parafraseando J. P. Morgan: não preciso de advogados para me dizer o que não posso fazer, mas para me dizer como fazer aquilo que quero.
Como nunca dizer não? Encontrei um exemplo prático citado no post A Law department whose lawyers “never say no” de como nunca dizer não. Ao invés de dizer não, os advogados podem explicar as conseqüências jurídicas de cada atitude referida pelos clientes internos: “você sabe as penalidades criminais se adotarmos a iniciativa sugerida?”; ou sugerir uma forma alternativa de solução da questão “e se fizermos da seguinte maneira…”.
Quanto mais os advogados internos explicam os riscos jurídicos aos clientes internos, mais estes estarão juridicamente educados e, via de conseqüência, na direção certa. Os advogados internos precisam ser cada vez mais facilitadores dos negócios da companhia, garantindo que os executivos possuam suficiente entendimento dos riscos jurídicos, a fim de a companhia obtenha os resultados desejados em consonância com ordenamento jurídico.
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